sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Como cães e gatos

Há muito tempo atrás, quando eu era meio natureba e metida a esotérica, li umas coisas bem interessantes sobre “animal totem”; é mais ou menos assim: cada pessoa possui características de sua personalidade que podem ser associadas ao comportamento específico de um animal. Por exemplo: pessoas ferozes como um leão, com olhar meticuloso como de águia, e por aí vai.; isso vem de crenças indígenas antigas. Um detalhe importante é que o animal acaba escolhendo a pessoa, não o contrário; assim, durante sua vida o bicho lhe persegue, dá sinais, sei lá... mas você descobre que ele te quer. Eu, hein?!
Caindo pra vida real, podemos traçar um paralelo entre animais e os modelos de relacionamentos modernos. (não, eu não bebi) Sim, e ainda usando como exemplo dois animais domesticáveis, tão domesticáveis quanto os sentimentos humanos. Querem ver?
Os relacionamentos ao estilo cachorro são mais estáveis, baseados na confiança e companheirismo. São longos namoros, casamentos, nos quais o casal tem um pacto, uma jura de fidelidade (nem que essa seja mantida somente de forma superficial). Esse tipo de convivência pode apresentar os seguintes efeitos colaterais: enjôos, sensação de sufocamento, perda de liberdade, individualidade, cansaço, e estados confusionais diversos. As pessoas que optam pelos relacionamentos “cachorro”preferem explorar uma longa relação, geralmente associada à sentimentos de amor, paixão, carinho y otras cositas água com açúcar. Fazem parte presentinhos fofos, apelidinhos carinhosos constrangedores, expectativas, projeções e planos pro futuro.
Vivenciar o contato com o outro ao estilo felino de ser é coisa de quem ama a liberdade; é dar aquela escapadinha à noite, beber em bares diferentes, enroscar-se com felinos e mais felinos, sem prometer prender-se a nenhum; é pular de telhado em telhado, é fazer zona no telhado e dar berros de euforia! Ser felino é jogar as emoções pra debaixo do tapete e ter um contato íntimo com alguém que não se tem intimidade, é exercitar a dialética, é fazer a fila andar, é ir direto ao ponto. Os gatinhos podem apresentar agudo sentimento de solidão repentina, sensação de ser objeto do outro, choro compulsivo de arrependimento, pés doloridos de tanto dançar, amnésia pós-balada, insignificância e ressaca. Não desanimam quando sentem que a balada vai “miar”; agitam outra, fazem amigos, arrumam par, trocam de par. São chamados de moderninhos, descolados, às vezes declaram que não acreditam em amor, às vezes dizem que aproveitam os errados enquanto os certos não chegam. Quando alguém teima com um felino, este pode arranhar ou levar o joguinho adiante com miados manhosos e sedutores.
Não cabe aqui hierarquizar ou dizer qual dos tipos é o melhor. O que vale é fazer com que o modelo gato ou cachorro encaixe com seu momento pessoal, seu estilo de vida e disposição emocional. Não dá pra julgar, sair condenando a opção do outro... casual, certinho... tanto faz! O importante é que sobre qualquer totem, os momentos valham a pena.

10 comentários:

Anônimo disse...

Olá!
Eu acho que sou uma mistura de cachorro com gato. Adorei o texto; pode parecer viagem , mas têm coisas que são verdade.

Beijinhos

Bem Resolvida disse...

NãO tem um outro animal pra dar de exemplo nao???

rsrs

Anônimo disse...

"às vezes dizem que aproveitam os errados enquanto os certos não chegam..." mas que é bom encontrar alguém que a gente gosta de enroscar os pés no final da noite é, né?? :)

Mariana Valente disse...

Adorei o comparativo Anna... Acho que meus relacionamentos tiveram um pouco dos dois lados... Mas mais gato do que cachorro creio eu... Agora pensando na minha personalidade, não sei dizer ao certo a qual animal eu me compararia... Algumas vezes sou um bicho-preguiça, as vezes sou uma leoa... kkkkkkkkkk

Beijos :)

Andreas Ribeiro disse...

Me livrei de minhas pulgas e minha vida de cão... hahaha pra cair na felinagem!!! hehehehe

Vamos ronronar mundo afora!!!!


PS. balada miar foi ótimaaaa hehe

Paty disse...

Bem que eu queria ser do estilo felino, viu?! Mas, acho que me encaixo mais com o cachorro. Na verdade, não consigo me definir com relação a um animal. Já tive que responder a uma pergunta do tipo "Com qual animal vc se compara?" em uma ficha do colégio uma vez, fiquei perdida! Hhehehehehe.

Gostei do texto!
Beijinhos!

Garotas de Vinte e Poucos disse...

Ai.... não consigo comparar nada a animais.
Isso é um defeito?

Bjo
*Lala*

Marie Curie disse...

Queria ser uma gatinha... pois no fim essa vida de cão é muito triste, principalmente quando sou só eu que jogo pelas regras =P

Anna Oh! disse...

Sabe... eua cho q puxei a sardinha pro gato!
Huahauahaauahau

Unknown disse...

Infelizmente sou do estilo "cachorro"
que se apega muito fácil em relaçôes duradouras, afinal quem não gostar de ter alguém do seu lado?!
Mas ficar saindo, zuando por ai tbm é
bom mais sinceramente eu não consigo.
")