Frente a algumas situações, propostas masculinas, ou até frente às próprias vontades, muitas mulheres se pegam com o pensamento de que “isso é coisa de puta”. Cito exemplos: unhas vermelhas, uma lingerie ousada, maquiar-se, aceitar arranjos sexuais que saiam do padrão papai-e-mamãe, pênis/vagina... hmmmm, algumas donzelas reagem enrubescendo, desviando os olhos ou com os dizeres de que isso não cabe a uma moça que preste.
Primeiramente muitas de nós não queremos atender ao estereótipo da “moça que presta”, porque, veja bem, quem presta, presta para alguém ou para alguma coisa, certo? E mesmo no auge do mais profundo fundo do poço, à única pessoa para a qual eu quero prestar é para mim mesma. E tem muita gente que pensa assim – ainda bem.
Segundo que, ainda que sejamos acometidas pela maldita culpa judaico-cristã, ainda que relembremos sermões da igreja, aulas de catequese e o sonho da sua avó de te ver bordando, é foda controlar as vontades de dentro. De dentro da calça, de dentro do coração, vai saber.
Portanto, se você tem vontade de encarnar a pombagira, vá lá, garota! E se monte!
Observei que o aspecto angelical assassina a puta interior de qualquer mulher – e essa puta interior às vezes sustenta relações – após alguns fatos marcantes como casamento, maternidade ou entrar em um relacionamento “estável e respeitoso”. Talvez isso se deva ao fato de que a mulher, ao receber o título de esposa ou mãe, sobreponha esses a sua condição natural de mulher; mulher guerreira, trabalhadora, sensível e forte, sexy sim senhora, atraente mesmo cansada, inteligente, refinada, mulher, menina e amante; amante romântica e amante ardente (ui!).
Ainda que não esteja mais no ápice da juventude, nem com o corpo desejado, nem com o cara desejado – vai saber – cultivar essas pequenas ousadias femininas relativas ao charme faz um bem danado.
PS: meus agradecimentos aos que já comentaram, mas trago de volta o artigo que foi deletado. Com o tempo a gente entra e ordem e bomba esse blog!
Beijinhos
terça-feira, 27 de maio de 2008
Coisa de puta (re-postando)
Marcadores:
Anna O.,
fantasias,
feminilidade
■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
(re-comentando) hahaha
Nada como as mulheres e suas coisas de puta!!!
Quem gosta de freira, é padre...
Primeira vez que vou me unir ao feminismo pra reivindicar a quebra do preconceito e dizer sim às Coisas de Puta!!! hahaha
Re-comentando também. xD
É isso aí, mulheres! Sendo putas ou santas, sejamos felizes! Afinal, a vida é curta e devemos aproveitá-la.
Beijos!
cara é bem isso ai mesmo, haha a visão machista que a sociedade sempre impôs, da questão dos valores e bláblá é em cima disso.
Aquele pensamento recriminatório de que uma mulher que tem digamos que "ousadia" ou coragem de se mostrar é rotulada de varias coisas, mas no fundo a maioria é igual, mas aquela que primeiro se mostra corajosa é criticada e chamada de um monte de coisa.. Mas é isso, ninguém é santo.
Vocação pra freira? São pouquissimas que tem! haha
Mto bom seu texto!
Postar um comentário