Amizade Relativa - Parte I

Amizade feminina é um tema indispensável para um blog com tal temática. Não poderia deixar de entrar aqui e abordar essa questão tão polêmica e complexa. Lógico, como tudo nesse mundo é relativo, amizade feminina também é. Amizade, desmistificando diversas fantasias sociais de um sentimento incondicional de cumplicidade, carinho e compreensão vem carregada pelo fantasma da necessidade. Não digo necessidade no único sentido de conveniência, mas além, algo que abrange o mal necessário de todos os seres humanos que é a convivência com o outro. Sem isso, seríamos puro estado de natureza (o que não seria má idéia... estariam liberadas selvagerias de toda sorte: mordidas, pauladas na cabeça, murros e pontapés).
Acontece que em determinado ponto, a amizade cai bem, muito bem; tudo flui... sabem porque? Porque alguma coisa falta. É quando se está sozinha, quando se perde o emprego, quando a família anda tendo um arranca-rabo atrás do outro. Lá estão as amigas, para ouvir, consolar, aconselhar, passear juntas, encher a cara coletivamente.
Acaba a história quando acontece alguma coisa e a amiga some. Some mesmo, nada de recados, telefonemas, nada de contar sobre o que se passa com ela, e ela não sabe nada do que se passa com você.
O que aconteceu?Uma garrafa de vodka pra quem adivinhar.