quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Arriscômetro (com selinhos no final)

Esse post foi escrito numa parceria entre Eu (Andreas) e a Mari Valente, que ainda não era nossa colunista e só escrevia pelo Prêt... e foi publicado no blog dela.
Quem também é frequentador do Prêt e já leu o post, desculpe-me pela repetição, mas já estava programado ele sair aqui pelo Divã também! E vocês podem ler novamente, fazerem novas reflexões e darem mais de suas idéias.

Dentre as inúmeras variáveis que influenciam o começo de uma relação se encontra o ARRISCÔMETRO. Mas o que seria o arriscômetro? Esse termo utilizado pra pensar na margem de risco da qual podemos nos predispor a correr, ou não! Risco de que? Boa pergunta!!! Nesse caso, vamos falar do risco de se envolver num relacionamento, ou nos deixarmos envolver emocionalmente com alguém, tendo em vista que se envolver e não ter um relacionamento, também pode ser um risco... que falaremos a frente (ou não).
Envolvimentos são extremamente complexos e podem gerar alegria, felicidade, empolgação, excitação.... mas também pode causar angustia, sofrimento, dor, desespero... enfim os sentimentos podem ser controversos e muitas vezes negativos, portanto, se envolver é algo que não deve ser feito de forma “automática”, sem que haja alguma reflexão naquilo, e é isso que nos trás a esse texto... Pelo o que vale a pena nos arriscarmos? Ou por quem? Quais são as características e sinais que nos dão o sinal verde “vá em frente!” e quais aqueles sinais vermelhos que nos gritam aos ouvidos “Pare o mundo que eu quero descer” mas que mesmo assim insistimos em não ouvir? Às vezes nos passa uma certeza tão grande na cabeça de que seremos felizes com aquela pessoa que fechamos os olhos para os detalhes explícitos que mostram que o relacionamento não dará certo, ou que as personalidades de ambos são incompatíveis. Gostamos do “pagar pra ver” e nesse caso, “tentar pra sofrer”.

Acho que primeiramente, vale salientar que os conceitos do “valer a pena” ou não são extremamente subjetivos e pessoais, e também depende das intenções, do que a pessoa espera da outra... Um relacionamento duradouro? Um casamento? Uma companhia pra quando se sentir sozinho ou apenas um “não sei, vamos deixar rolar pra ver o que acontece”. Não podemos adivinhar aonde a história vai dar, mas temos que ter bem claros na nossa cabeça as possibilidades e principalmente, se o momento da sua vida permite esse tipo deenvolvimento. Cada um busca uma coisa e age de modo diferente com as adversidades, porém existem questões que podem não ser regras, mas que ajudam de uma forma geral a refletir...
Quando conhecemos alguém, tendemos naturalmente a fazer uma análise da pessoa por aquilo que ela aparenta ser, antes mesmo de conhecê-la e o que aquela aparência mexe conosco... a atração física é algo imprescindível em uma relação, porém essa “primeira vista” pode deixar nossas impressões posteriores parciais e nem sempre confiáveis, creio que a primeira premissa é tentar se deixar influenciar o menos possível por essa visão, eu sei que ela é inevitável e não que seja pejorativo fazer essa idéia logo de cara, mas quanto menos nos influenciarmos por isso e quanto mais nos deixamos levar antes pelo o que conhecemos da pessoa “interna” creio que tanto melhor. (A internet facilita nesse ponto, muitas vezes o contato interpessoal pode acontecer antes que tenha uma imagem visual da pessoa). Quem nunca dizia por ai “eu gosto de pessoas assim e assado” e acabou por se apaixonar por um tipo completamente diferente do descrito? Mostrando que o fator visual acaba não tendo tanta importância se comparado ao comportamento em si, o modo como a pessoa te olha, o modo como ela te trata, se é bem humorada, engraçada e te faz rir sempre... Quando tudo se resume a atração física e você não consegue achar mais nada de “aproveitável” na pessoa, back off se você está a fim de um relacionamento sério... Se você não encontra nada que te acrescente e apenas gosta do exterior da pessoa e/ou do sexo, não vai passar disso...
Logo no primeiro encontro, as impressões iniciais (não relacionadas a aparência, como já foi dito) são muito esclarecedoras... O modo como a pessoa se porta, se tenta te agradar demais ou tenta esconder alguma mania pra não te assustar... Se é cavalheiro, se abre a porta do carro (sim, ainda existem homens assim) ou se simplesmente demonstra que está muito feliz em estar com você ali, naquele momento... Temos que ficar atentas a essas pequenas coisas, pra perceber se o cara está fazendo tipo só pra pegar você ou se aquilo tudo é verdadeiro... Muitas vezes nos decepcionamos e comparamos como ele era no princípio e no que ele se tornou... A questão é: ele não “se tornou” e sim, ele “era e disfarçou muito bem”. Novamente, não podemos passar batido nos detalhezinhos ínfimos!

Mas afinal, quais os sinais que temos que perceber? Creio que a principal coisa é perceber a sintonia do “casal”, aquela história de “os opostos se atraem” é balela, tem que ter muito mais coisas parecidas do que diferenças, em termos de pensamentos, ideais, gostos musicais, de filme, de lugares a ir... enfim, o primeiro sinal são essas semelhanças... se você pensar “Aiii, to apaixonada, tudo bem que ele é baladeiro, gosta de filme de ação, axé e fuma e eu gosto de ficar em casa, romance, heavy metal e odeio cigarro” minha amiga, melhor pensar 2, 3, 419 vezes antes de tentar alguma coisa. Brigas por esse tipo de coisa podem ser prejudiciais quando tentamos nos relacionar com alguém... Citemos um exemplo: fim de semana e vocês decidem sair... A sugestão dele? Uma danceteria... A sugestão dela? Um barzinho com música ao vivo... Desistem de balada e decidem pegar um cineminha...
“Que filme vamos ver amor?”
“Ah, tem um novo do Bruce Willies que é ótimo”
“Ah, mas eu queria ver aquele filme bem romântico... Minha amiga viu e disse que é emocionante...”
Imagina esse tipo de diálogo se repetindo todo fim de semana... Claro que as pessoas não são iguais e todos temos nossas diferenças, às vezes temos que ceder em alguns aspectos, mas a afinidade é importante sim!!!
Porém, creio que o ponto que talvez seja o crucial, seja o “feeling” que rolou, se você levar em consideração esses aspectos que eu disse, de gostos, cultura, RELIGIÃO (que é motivo de muitas diferenças em um relacionamento) e achar que eles são compatíveis, pense no que você sente, sabe aquele aperto no peito? Mãos geladas, tiritar dos lábios... quando você está se sentindo assim e sabe que o outro também está, queridos, está na hora de arriscar!! Há um termo em inglês para isso “Feeling butterflies” – algo como aquela cosquinha no estômago que temos quando estamos apaixonados. Esse tipo de coisa é difícil de acontecer, e quando acontece, tem que entrar de ca-be-ça! Tentar deixar os medos de lado... Vale a pena (pelo menos tentar)...

Se estudar economia, terá um conceito de análise de riscos, que seria Impacto x Probabilidade, se pensarmos nesses termos, se a pessoa te deixa assim, o Impacto será grande e se existem essas afinidades, a probabilidade de dar certo é maior e essa é a condição ideal pra que o risco seja baixo.

Algumas coisas pra fazer você sair correndo do pretê: diz que vai te ligar e toma chá de sumiço, sempre tem alguma “amiga” ligando pra ele e o chamando pra sair (sem você, é claro), mas percebam bem as ASPAS no amiga, afinal, sem ciúme doentio, né meninas? Quando ele reluta e muito ao apresentar você aos amigos, te leva em lugares escondidos e quando não há conversa sem conotação sexual... É uma mostra do tipo de comportamento que não vai levar a uma coisa mais séria...

Agora se você está tranqüila, quer apenas um amigo colorido ou alguém pra dissipar as tensões através da liberação de endorfinas e serotonina, a história é diferente... O problema é se essa aventura se tornar algo mais complexo, ai... Eis o arriscômetro para ajudar!!!

PS do Andreas: Só para salientar as informações gritantes que um relacionamento não dará mais certo...
Quando o casal já não encontra programas juntos, você quer ir no jogo do tricolor e ele quer ir na missa das 18h. Ele quer ir encher a cara num churrasco de um amigo chato e você quer ir almoçar na casa da sua mãe. Ele te pede pra vestir roupas mais comportadas e você pede que ele se vista menos largado...
São só alguns exemplos, existem vários, quando essas divergências se tornam rotina, cuidado, a coisa já acabou e você não viu ainda...
PS da Mari: Pois é, meninas... Aproveitem bem essas dicas e não entrem de cabeça numa coisa sem futuro sem racionalizar um pouco antes... Seu coraçãozinho agradece!!!

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Distribuição de Selos feita pela Anna Oh!

16 comentários:

Raquel El-Bachá disse...

Obrigada pelo selo! Adorei!
Beijos.

*•·• -=|KÅ|=- •·•* disse...

Muito bom esse do "arriscômetro"...
Acho que estou numa fase assim... aliás, duas fases dentro do arriscômetro... hehehe de tentar e ver q n rola, e de começar a tentar com outro...
Ahh ficou confuso isso!!! hahaha
=)

“Feeling butterflies”
;D

Anônimo disse...

Olá, acho que meu arriscômetro falhou um pouco,rss mas pelo menos consegui curtir um pocuo tb né!!

Adorei o texto, beijos!!

Delirios de mulher disse...

Esse post é muito bom!!
Sempre existem aqueles"sinais" de que o relacionameto é furada,ou que já acabou que nós não queremos perceber de jeito nenhum.
Meu arriscômetro é péssimo!!
Me dá sempre um azar danado!
haushuas...

BJs

Blogueira Master disse...

Adorei as dicas!! :)) Beijos

Loira e Morena disse...

Já me envolvi de cara e quebrei a cabeça, hoje tento me envolver aos poucos e nisso conhecer a pessoa melhor pra ver se realmente vale a pena arriscar em algo mais sério.
Concordo q quando as pessoas são muito diferentes a coisa depois de um certo tempo pode complicar, mas as vezes pq nao se dar a chance de derrepente ir no cinema e assistir o filme q ele quer tanto ver, ir a balada q ele quer tanto q vc vá com ele, quem sabe assim vc até acaba gostando de uma coisa q vc desconhecia gostar...hehe. Com isso eu ja descobri varias coisas q dizia nao gostar e quando fiz acabei gostando, acho q temos q nos dar a chance de conhecer o novo!

Obrigada pelo selinho, adoramos!! Já colocamos lá!..rs

Beijaooo da Morena!

Bem Resolvida disse...

olha...vou copiar e mandar esse texto pro meu SN, que aliás, é economista!!
já fazem meeeeeeeeeeeeses que estamos juntos e ele ainda tem medo de arriscar!!!
foda!rs
eu arrisco. como a gente se dá bem em tudo, incrível!!

bjs!

Loira e Morena disse...

Oi andreas..
Eu to nessa: sinais vermelhos que nos gritam aos ouvidos “Pare o mundo que eu quero descer”..acontece q os sinais se atrasaram e qud vi ja tinha arriscado e me esborachado..rs.
“Feeling butterflies”...adorei!!

Muito obrigado pelo selinho..vi a q morena ja agradeceu ...rs

Beijocas da Loira

senhorita sartori disse...

recetemente rolou de conhecer pessoalmente um cara que já estava falando a um tempinho na internet. Já no primeiro encontro percebi q nossas incompatibilidades eram inegociáveis...acontece, mas o importante é sempre arriscar.

ps:adoooooro o blog

Mariana Valente disse...

Opa, essa parceria nossa foi otima né Andy?
espero que o pessoal aproveite bem as dicas pra nao dar com os burros n'agua...

beijos!

PS: parabens pra quem ganhou selinho!!!

Glayce Santos disse...

A pior coisa, pra mim, numa relação, independente de que tipo, é o tal "esperar das pessoa mais do que ela pode dar"! Quebramos a cara muitas vezes por culpa nossa mesmo... Cada um dá o que tem, e a culpa não dele e sim de quem esperou demais... enfim!

Gostei muito desse Arriscômetro!!! Como num penultimo post meu, estooou de férias, não estou querendo me arriscar! rs

Ótimo blog, viu, gente! Concordo com o selo ao lado: "este blog caiu do céu"!

Beijinhos

Anônimo disse...

Boas dicas, valeu!!

Gabi disse...

to na fase do ariscometro!

de mulher pra mulher disse...

Oi tem presente pra vc lá no meu blog :)
vá lá buscar:)
suave seja!!
bjos...no coração
.
.
Sandrinha

BelaCavalcanti disse...

gente, adoro o blog de vcs e acho que ele merece todos os selos. Mas, sem querer ser chata, achei esse post nada haver... quando vc gosta, gosta...não acredito em pessoas compativeis, acredito em pessoas que SE SOMAM! Ele não curte filme de arte e vc detesta ação...ué, que cada um assista o que quer e depois se encontre pra tomar um chop, dar risada, ver um filme (quase) porno juntos, fazer amor, sei la!!!
DE TUDO ISSO, apenas não suportaria num homem as seguintes coisas:
1) que ele confundisse "Economia" com "International Affairs" - ai tenha paciencia...eu NÃO sou economista! O que eu faço é tão mais interessante!!!

2) que ele fumasse! DETESTO CIGARRO. Nunca quis beijar e sentir gosto de cinzeiro...to fora. Fumar não...não aguento mesmo, tesão zero.

3) que ele ache que vai me levar pra cama só por que vai ser legal, ta afim, a cama incendeia (????). Não to procurando um 'sex buddy', já passei dessa fase. detesto que me confundam.

O RESTO, como cantou Tim Maia, VALE TUDO ! beijos

*** disse...

Nossa muito bom o post...acho q estou nessa fase do arriscometro...rsrsrs
...Andreas adorei o comentario q vc deixou no meu blog...;)
...Olha, adorooo o blog de vcs...eu só novinha nesse mundo de blogs...faço mais pra passar o tempo e expor alguns pensamentos....mais o Divã rosa choque é demais...BjÚuuu:P