No filme Noivo neurótico, noiva nervosa, o personagem interpretado por Woody Allen fala uma coisa bem interessante sobre seus relacionamentos; divagando sobre suas neuroses e vivências amorosas, diz que desde pequeno escolhia as mulheres erradas: nos contos de fada, achava as bruxas mais atraentes, na história da Branca de Neve e os sete anões, fascinou-se com a madrasta frente ao espelho. Tal qual a madrasta foram as mulheres de suas vidas.
Por que escolhemos errado? No caso de Alvy (personagem de Wood), a coisa veio desde muito cedo e ele trata do assunto com um humor fino, daqueles que dá gosto de ver. Agora, e no caso de cada um de nós?
Será que às vezes os caras não adquirem um gosto pela escolha da madrasta tanto quanto nós temos um quase imperceptível prazer em optarmos pelo mulherengo, o homem casado, o que despreza, o agressivo? Será que essas sucessivas escolhas do mesmo tipão estrutural que SABEMOS que vai dar merda não nos trás alguma coisa boa, já que tendemos a repetir as experiências que nos são satisfatórias?
Pode ser sim, primeiramente porque se envolver com o tipo conhecido é seguro, você sabe no que vai dar, e depois ainda pode comprovar sua teoria do “eu não disse? Eu só me dou mal, sou o coitadinho e blá blá blá!”; ah, você não é o coitadinho não, pessoas ESCOLHEM pessoas, e se você caiu nessa, foi porque quis. É seguro saber que no fim das contas você vai ser magoado e ser o “chutado”....
Por que não escolhemos personagens diferentes? Por que não queremos que a nossa história tome outros rumos?
Às vezes as questões que giram em torno dessa opção só sejam desvendadas depois de muito tempo, muita análise, muita burrada...
Tomar consciência e se admitir como SERIAL LOVER já é um primeiro passo.
Conte para si uma história diferente!
Ps: o post não é dedicado às pessoas que escolheram "errado" uma vez, mas para aquelas que insistem no erro e buscam-no em outros parceiros.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Escolhas erradas
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17 comentários:
Eu estou tentando mudar a minha história e está dando certo :)
Beijos.
Vc. acredita mesmo nesta história de escolher errado? Vc. não acha que as coisas simplesmente acontecem??
Acredito... a gente se engana, se sabota... às vezes a gente busca o errado... é proposital. Eu acho, palpite meu.
Eu não sei dizer até que ponto sigo o mesmo padrão ou estou dando preferência a um tipo de homem. Confuso? Eu explico. Uma coisa é escolher pessoas erradas, como descrito no post. Outra, é ter aquela lista na nossa cabeça de homem ideal, alto, bonito, inteligente, entendeu? Será que ambos são a mesma coisa e, mesmo achando que estou fazendo algo bom, estou na verdade seguindo com um padrão de auto sabotagem? Não sei. Confusa.
Sempre gosto dos feios e dos com cara de mau.
Já dise o orkut: bonzinho só se fode!
Bjo
*Lala*
Tipo certo de cara errado!
eu acho que simplesmente acontece!
a gente não escolhe de quem gosta...podemos ter alguns sinais de que aquela pessoa é errada, é furada, a tempo de cairmos na real..cairmos fora, mas se gostarmos mesmo, não adianta! vamos gostar e quebrar a cara do mesmo jeito!
Acredito também que não aconteça somente com as mulheres! Tem muita mulher por ai que não quer nada com nada...
Bjus!!!
Era tudo o que eu precisa escutar, ou melhor, ler! Tenho pensado muito sobre isso ultimamente; no como é estranho se apaixonar por alguém que não te dá a mínima, enquanto tem outra que morre de amores por você. É estranho!
Anna Oh, concordo com você!
Beijos
P.S: É só copiar, colar e seguir as regras. =)
Muito boa a reflexão. Aliás, quando assiste a esse filme me identifiquei com o personagem do Woody, pois sempre gostei mais da bruxa e das malvadas em geral. Quanto ao Luluzinha Camp... Vamos?
beijos
Eu acredito que eu sigo algum padrão para "escolher" o pretê... não é pelo lado físico, e muito menos fico imaginando um cara com mil e uma qualidades e depois me decepciono... Simplesmente as pessoas que me atraem são as mais difíceis de ter um relacionamento duradouro, como uma paixonite aguda de férias, o policial machista, o contador mais machista ainda que acha que lugar de mulher é na cozinha... Creio que eu acabo me sabotando e tentando a cada relacionamento com características semelhantes superar as dificuldades do anterior (acho que ficou meio confuso, espero que dê pra entender o que quis dizer, hehehe). Mas o primeiro passo para deixar isso de lado é reconhecer o erro e não persistir no mesmo... E assim como naqueles grupos do tipo AA ou Na, eu digo: Meu nome é Mariana e sou uma SERIAL LOVER...
Beijoks
:)
Coincidentemente, acabei de postar uma "escolha errada" no meu blog.
E se tratando de escolhas erradas, eu sempre prefiro os vilões das histórias. No Batman, por exemplo, meu personagem preferido: O Curinga. Minha avó sempre repete pra mim: "você não tem gosto. Sempre gosta dos maus". Honestamente, concordo, e realmente acho que é proposital.
Beijinhos!
Só gosto de nerd!!!
Pelo menos eles são menos rodados e mais meigos...e muito, mas MUITO safados!!!
Rs. Bjs
sempre tenho um padrão. Nunca tinha entendido, até ler Sushi. Tenho sindrome de Ashling, gosto de caras de quem eu possa cuidar, que dependam de mim pra algo. Não sei ainda se por necessitar ser útil, se por necessidade de cuidar, ou se por ter controle da coisa [ou achar que tenho] ou ainda um combo louco de tudo isso. Tenho evitado me envolver até tentar dar conta disso, mas tou começando a achar que só vou resolver na prática.
Acredito que a gente escolhe sim. Mesmo os padrões físicos que a gente impõe, acabam por refletir padrões afetivos e de personalidade. Os altos, por exemplo, costumam dar a sensação de protetores, de ter o controle, de estar "por cima".
Cara bem resolvida: Vamos disputar a tapa, pois tb ADORO um nerd, huahauhuahauhua
Daqueles que tropeçam e usam óculos!
|Todos os nerds do mundo pra vcs! Huahauahauahauhau, vinde a mim os grunges... hauahauahauaaha
Alguém chamou um Nerd???
hehehehehe
Anna... esse é o medo da Morte!! hehe
Beijos
Concordo Anna. Somos responsáveis por nossas escolhas. Infelizmente, quebrar padrões é complicadíssimo... Conseguimos achar os exemplares certos (ou errados) no meio da multidão e não perdê-los mais de vista...
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