Certamente, de forma proposital ou enquanto zapeava na TV, alguém aí deve ter assistido alguma cena do programa Super Nanny. Recapitulando, consiste em uma senhora que vai a um lar atormentado por adoráveis crianças, cujas mães sofrem constantemente com a indisciplina dos pequenos. Pois bem, sempre foi muito legal assistir, ainda mais eu, que piro em uma criança anarquista!! Ah...
Durante o programa, aparece a rotina da casa, cenas nas quais os rebentos quebram tudo, se esmurram, chutam o gato, batem na mãe, falam palavrões, se entopem de doces e fazem muita, muita manha. Geralmente a queixosa é a mãe, que expõe o problema, chora, e... tchan-tchan-tchan-tchan... reclama da falta de COLABORAÇÃO.
Enquanto isso, vários tapes são destinados ao marido; o gracioso aparece
a) no sofá, nas seguintes variações: - lendo jornal; esticado feito uma morsa e vendo tv; jogando vídeo-game;
b) no computador, sob a justificativa que “trabalha em casa”;
c) saindo para o futebol com os amigos.
Juro que num primeiro momento pode parecer um estereótipo de homem, mas meu... sai perguntando pras mulheres casadas, encarne o IBGE e questione o papel do marido na educação dos filhos ou na hora de tocar ordem no barraco. Quem tem o papel de totalitário, de abandonar o Piaget e aderir ao Pinochet (como diz uma ex-professora minha) é a mãe. O pai adora bancar o bonzinho, sentar as crianças no colo, entupir o diabético ou obeso de porcarias, dar um novo game pra criança na fissura do Playstation, rir quando faz birra... e aí aparece a Super Nanny e diz “nononono... nom pode!” Isso quando o pai se dá conta de que há alguma coisa abusiva no comportamento deles, porque muitos parecem surpresos quando a apresentadora chega lá, como se não houvesse motivos, fazem cara de ué. A plaquinha que aparece na testa de alguns é: “meus filhos, pestes? Imagina!”; outros, de tão omissos, tem na face um luminoso “Filhos, que filhos? Ah... sim”. Haja saco, né?
Não é a toa que a Nanny pega no pé dos cabras, aponta pra eles o quanto estão alheios a realidade de seu lar; quando se dão conta e se propõem a mudar, parabéns, mas em alguns casos, o sujeito descreve sua morada como um ninho de paz e harmonia.
Por essas e outras que não vejo tantas vantagens assim em um casamento, visto que é uma união com o propósito de, juntos, conquistarem mais coisas, compartilharem tarefas e momentos bons. Piada.
O segredo é que o “homem-Super Nanny” dá vestígios de seu comportamento (ou da falta deles) desde cedo. Olhos abertos, meninas!
P.S.: Aos pais que cooperam, cuidam muito bem dos catarrentos, meus parabéns! São raridades! Continuem assim!
quarta-feira, 14 de maio de 2008
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